sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Azul instalará em Viracopos novo centro de manutenção

Foto: Leandro Ferreira/AAN
A Aeroportos Brasil Viracopos fechou acordo ontem com a Azul Linhas Aéreas para a instalação de um centro de manutenção de aeronaves da companhia no aeroporto de Campinas. O investimento será de R$ 200 milhões, com geração de mil empregos. Outras cinco cidades também estavam disputando o empreendimento. Os hangares que serão construídos no sítio aeroportuário de Viracopos vão ser usados para a manutenção da frota de jatos Embraer. Hoje, os serviços são realizados no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

Como ainda não há um documento assinado oficialmente, formalizando a negociação, a Azul não quis falar sobre o assunto. Pela manhã, em São Paulo, o presidente do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, havia afirmado que buscava um acordo com a empresa que permitisse instalar o centro em Campinas.

Viracopos é a base de operações da companhia no Brasil e, para Neeleman, será importante para a empresa que a manutenção seja realizada no terminal que concentra o pátio de aeronaves. A Azul tem um centro de serviços no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte para a frota de ATRs (turbo-hélices). O espaço usado em Porto Alegre pertencia à Varig.

Na lista das cidades que queriam abrigar o centro de manutenção da Azul há cidades paulistas, mineiras e baianas, mas Campinas tinha a preferência pois recentemente foi inaugurada a Universidade Azul ao lado do terminal campineiro. “O nosso centro de treinamentos fica ao lado de Viracopos. Em breve teremos quatro simuladores no local. O ideal seria ter o centro de manutenção próximo. Vamos gerar mais de mil empregos”, disse. 


Obras
O empresário avaliou que a ampliação do aeroporto vai aguçar o apetite de companhias internacionais por Viracopos e deve aumentar o número de voos para outros países. A expansão trará novas oportunidades de negócios para a companhia. A Azul estuda fazer parcerias com as aéreas internacionais para compartilhamento da malha e integrar novos destinos. “Estamos conversando com empresas como a TAP, que tem voos internacionais em Viracopos”, disse.

Outro fator que pode abrir espaço para a Azul é o fim do acordo da TAM com a Star Alliance (grupo de empresas aéreas que atuam em parceria em várias partes do mundo). “Dialogamos com o grupo para realizarmos code share (compartilhamento) com os voos que temos no Brasil. A nossa malha é a maior do País. Podemos fazer os acordos individualmente sem fazer parte da Star Alliance”, comentou.

Neeleman voltou a dizer que não vai participar de nenhum grupo para a compra da estatal portuguesa TAP. “Seria importante que investidores brasileiros adquirissem a empresa, mas não entraremos na disputa. Podemos participar trabalhando em code share no Brasil”, afirmou. Com o compartilhamento, a Azul poderá oferecer destinos onde ela ainda não opera.

Recursos

O presidente do conselho afirmou que a companhia aérea trabalha para que os recursos previstos pelo governo para infraestrutura aeroportuária no Brasil sejam aplicados em cidades que ainda têm carência de transporte aéreo e com potencial para ser explorado pela companhia. 

“Temos uma lista de pelo menos 100 cidades no País que têm condições de ter um serviço regular de transporte aéreo. Desse total, em 20 delas já poderíamos operar, porém é preciso melhorar a estrutura. Há localidades nas quais há aeroportos, mas não é possível operar aeronaves comercialmente. O objetivo é fazer com que o dinheiro chegue realmente onde há necessidade de prover a infraestrutura”, disse. A empresa dialoga com a Secretaria de Aviação Civil (SAC).


Notícia por Correio Popular

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