Tanto quem chega de carro ao aeroporto como quem desce de algum voo consegue visualizar o conjunto de sucata enferrujada em que se transformaram os cargueiros e aviões, que estão parados, sujos e parcialmente desmontados em local de céu aberto.
Não há uma data prevista para a retirada das outras aeronaves. No local, a mercê de chuva, sol e vento estão dois DC-8 da Skymaster, um Boeing 737 da Vasp e um DC-8 da Montini Air.
A administradora de Viracopos, a Concessionária Aeroportos Brasil, não pode vendê-los ou descartá-los sem autorização judicial. A dívida pelo “aluguel” da área com o aeroporto de Viracopos está acumulada e gira em torno de R$ 6 milhões. Os “sucatões” começaram a chegar em 2004.
"Estamos em discussão como Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e as conversas estão bem adiantadas para o processo, no sentido de retirada dos aviões", disse o diretor-presidente da Aeroportos Brasil Viracopos, Luiz Alberto Küster.
Segundo ele, esses aviões estão sem nenhuma condição de voo com vários componentes já avariados. Exceto o MD-11 da Centurion, as demais aeronaves se encontram com alguma pendência judicial. "Estamos em tratativas com diretores e síndicos da massa falida para desocupar a área. Mas é necessário autorização da CNJ", salientou.
De acordo com Küster, aquela área não é movimenta, mas pode apresentar um risco. Viracopos está em obras de expansão e ampliando números de voos e espaços para seus equipamentos no sitio aeroportuário.
Só depois da anuência da CNJ e da Receita Federal, as companhias ou seus representantes poderão desmontar, negociar e dar destinação as antigas aeronaves. Ele falou também que assim que o local for desocupado poderá servir como estacionamento de aviões e, em um futuro próximo, aliviar o congestionamento de aeronaves.
O diretor de operações da Concessionária Aeroportos Brasil, Marcelo Mota, explicou que os aviões estão obsoletos e há uma grande defasagem tecnológica com as atuais em operação. Por isso ele acredita que as peças têm pouco valor comercial.
Notícia por Terra
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