segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Viracopos supera Congonhas e Cumbica em furtos de veículos

Para não pagar estacionamento, motoristas usam bolsões do aeroporto (Foto: Edvaldo de Souza/ EPTV)
O número de furto de veículos no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), no primeiro semestre, superou os casos cometidos em outros dois principais aeroportos de São Paulo. No terminal campineiro foram cometidos 13 furtos, sendo que em Congonhas, na zona sul da capital, e em Cumbica, em Guarulhos, não houve registro desse tipo de crime, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.

Os índices de furtos de veículos são reincidentes nas imediações do terminal: entre 2011 e 2012, foram 107 casos. Em novembro do ano passado houve um aumento das vagas no estacionamento, de 1,8 mil para 4 mil. No entanto, por causa dos gastos pelo serviço de segurança, motoristas usam canteiros para fazer paradas em lugares proibidos.

Segundo os motoristas, não há fiscalização no estacionamento improvisado. Além disso, prestadores de serviço consideram elevado o valor cobrado de R$ 140 por mês para deixar o veículo em uma área cercada e com seguro. “O preço dos estacionamentos aqui não é acessível. Tem que tirar do bolso para poder pagar o estacionamento”, afirma o técnico segurança do trabalho Josiel de Souza Santana. Para os funcionários a mensalidade é de R$ 20.


Para o presidente da concessionária Brasil Viracopos, responsável pelo aeroporto, Luiz Alberto Kuster, o preço não pode justificar que os motoristas ocupem qualquer área como estacionamento. “No processo de obras do Viracopos, nós criamos alguns bolsões temporários sem regulamentação e que as pessoas tomam proveito disso e largam os seus veículos aqui. Nós vamos cercar essa área porque este é o tipo do local que irá favorecer o abandono de veículo roubado”, explica Kuster.
Na estatística de furtos de veículos também estão incluídas as motos. O terminal tem uma área reservada para a categoria que não é paga e também é de livre acesso. Para prevenir riscos de crimes, motociclistas usam cadeados e correntes. “Poderia ter mais um pouco de segurança. Por mais que a gente não pague o estacionamento acho que a gente está no aeroporto”, afirma o despachante aduaneiro Danilo Tadeu Meningrini.

A concessionária tem a proposta de fazer um estacionamento pago para motos, mas antes de sair do papel, o plano já se tornou alvo de críticas. “Eu sou totalmente contra ao estacionamento pago. A gente vai colocar a moto em lugar que não é permitido com risco de ser multado”, disse o motoboy Wilson Venzel.

A Prefeitura informou que o convênio entre a Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) e a concessionária não foi concluído. Com isso, os fiscais estão impedidos de autuar motoristas nas vias e estacionamento do aeroporto desde julho desse ano. A empresa afirmou que o convênio foi feito com a Infraero, mas a administração após a concessionária assumir a administração não foi finalizada a negociação para os agentes retornarem as atividades no local.
Notícia por G1.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário