A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que não há risco de o aeroporto ser obrigado a segurar o crescimento de voos e passageiros por causa da infraestrutura.
Segundo a estatal, o atual terminal ainda comporta aumento de demanda de passageiros e a empresa tem montado um plano emergencial na possibilidade de existir um crescimento acima do previsto, que são os módulos operacionais provisórios (MOPs).
O aeroporto receberá dois módulos que permitirão a ampliação provisória da capacidade de atendimento de passageiros do terminal dos atuais 3,5 milhões para 6 milhões anuais. Não há previsão de quando serão implantados, mas se o volume de passageiros continuar crescendo no ritmo de janeiro e fevereiro, a saturação poderá ocorrer em cinco ou seis meses.
Em janeiro e fevereiro passaram por Viracopos, em média, 410 mil passageiros por mês.
Além das obras emergenciais, a Infraero informou que aguarda a liberação da licença ambiental para iniciar as obras definitivas de ampliação do aeroporto, com a construção da segunda pista e novos terminais. A empresa, no entanto, ainda não encaminhou à Secretaria Estadual de Meio Ambiente a resposta a um extenso questionário feito sobre as obras, com as propostas de alterações no projeto original para minimizar o impacto ambiental.
“Posso garantir que não haverá excesso de capacidade operacional esse ano, por que estaremos limitando os aeroportos. Até dezembro devemos estabelecer limites para os aeroportos de Brasília, Confins, Salvador, Fortaleza e Viracopos”, disse a presidente da Anac. “As companhias poderão se planejar melhor e o setor terá um instrumento para as autoridades tomarem as decisões sobre futuros investimentos”, acrescentou.
Atualmente, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos operam com limites de voos determinados pela agência.
A assessoria da Anac não informou qual será o limite imposto a Viracopos, mas que hoje o aeroporto opera com número menor de voos do que a agência poderá determinar. O problema é que se não houver obras de ampliação, o limite poderá ser atingido até o final de 2010.
Segundo a presidente da Anac, a concorrência no setor aéreo beneficiou os passageiros com uma redução de preços que chegaram, em alguns casos, a 40%. “Vemos aí a importância e o impacto da concorrência no setor”, disse. O problema, segundo Solange, é que a tendência pode se reverter esse ano devido aos problemas de infraestrutura aeroportuária. “A barreira da infraestrutura de entrada poderá pressionar os preços das passagens aéreas esse ano.”
Quando a Infraero elaborou seu plano diretor em 2007, projetou para 2010 um volume de 1,4 milhão de passageiros — núme que chegou a 3,36 milhões.
Por Correio Popular
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Foto por Paulo Paiva
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