domingo, 4 de agosto de 2013

Viracopos torna-se um dos maiores empregadores da RMC

O Aeroporto Internacional de Viracopos se tornou um dos maiores empregadores da Região Metropolitana de Campinas (RMC) — é como se quase toda a população de Holambra trabalhasse no aeroporto. São 10 mil pessoas atualmente no local, entre prestadores de serviços, funcionários das companhias aéreas, das áreas comerciais, dos órgãos federais, agências e administração. Metade desse volume trabalha nas obras de ampliação. Até o final da concessão, quando o terminal receberá 80 milhões de passageiros anuais, o número de funcionários chegará a 50 mil, segundo estimativa da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos.

“Isso reforça a necessidade de Viracopos ser cada vez mais um aeroporto-cidade”, disse o presidente da concessionária, Luiz Alberto Küster. Esse é um conceito aeroportuário que integra a área comercial, os serviços, a área operacional, a intermodalidade, o meio ambiente e a vizinhança no entorno. Local onde passageiros e o pessoal que trabalha no aeroporto podem encontrar shopping, cinema, restaurantes, lanchonetes e, até museu, como ocorre em um dos aeroportos-cidade mais famosos, o Schipol, na Holanda, projetado pela mesma empresa que desenhou o novo Viracopos.

Nos aeroportos-cidade, as facilidades e serviços para atender as necessidades de companhias aéreas, passageiros, visitantes e funcionários são o principal foco.

“Viracopos é uma cidade”, disse Adriana de Fátima Tronchin, que trabalha há três anos e meio no aeroporto e, desde junho, atua no free shop, na venda de produtos importados a passageiros de voos internacionais. Como toda grande cidade, os serviços estão à disposição, mas um deles ainda precisa melhorar, e muito, afirmou. “Chegar ao trabalho tem sido um problema diário, por falta de ônibus. Os horários não são cumpridos, a estrada está sempre com lentidão nos horários de pico”, disse. Débora Vieira Lima, há dois anos e meio no aeroporto e também funcionária do free shop, concorda. “É um estresse diário.”

O encarregado José Pedro Cardoso, há dez anos trabalhando em Viracopos como funcionário de uma das empresas que atuam no aeroporto, é testemunha do crescimento daquele local. “Teve época que a gente ficava com depressão de trabalhar aqui, de tão vazio que era. Agora virou uma cidade. É um outro aeroporto e vai ficar melhor ainda. Cada dia obras avançam”, afirmou.

O jardineiro Jessé Geraldo de Sousa há sete meses cuida dos jardins do aeroporto. Funcionário de empresa terceirizada, ele é apaixonado pelo aeroporto. “Acompanhar esse crescimento não tem preço. Só precisa ter mais ônibus para cá”, afirmou. Ele mora no Jardim Fernanda e, segundo ele, são poucos ônibus que servem a linha do bairro ao aeroporto.

O ajudante de motorista Jonewton de Sousa está todo dia no aeroporto, levando e retirando carga e é testemunha de como o acesso já está ficando complicado. “Se não criarem novos caminhos para chegar, logo a estrada vai parar. É muita gente vindo diariamente para o aeroporto”, disse.

Para atender todo esse pessoal, existem hoje oito restaurantes em Viracopos, sendo sete deles no saguão, um no centro empresarial e outro na parte externa. Outros dois, populares, estão sendo implantados próximos à área de administração. Há ainda uma espécie de feira, onde são vendidos salgadinhos e refeições. Agências bancárias, lojas e outros serviços também estão instalados.

Atualmente, existem 16 projetos de cidades-aeroportos em andamento no mundo. O conceito de inclui, além da expansão dos terminais de passageiros e de carga, o planejamento do aeroporto industrial, da ocupação ordenada do entorno, da atração de empresas com produtos de alto valor agregado para exportação e mercado interno, dos distritos industriais com tecnologia de ponta, das vias de acesso duplicadas e conservadas, de centros de treinamentos próximos, da rede de ensino e de áreas de lazer e residências capazes de dar suporte à estrutura do aeroporto.

Fonte: RAC Campinas

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