domingo, 21 de abril de 2013

MPT busca acordo com Viracopos para melhoria em obra e indenização


Procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e representantes do consórcio responsável pela expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), se reúnem nesta segunda-feira (22) na tentativa de fechar um acordo de melhorias nas obras e indenização à família do operário que morreu em março.
O órgão trabalhista propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao consórcio há duas semanas e recebeu uma contraproposta das empresas. O encontro desta segunda-feira é uma tentativa de chegar a um texto aceito pelas partes. Caso não haja acordo, o MPT pode levar o caso para a Justiça.
O MPT pede melhorias nas obras de ampliação do aeroporto, principalmente em relação aos trabalhos de escavação e em altura, segundo a assessoria do órgão. Além disso, serão discutidas indenizações coletiva e para a família do operário que morreu soterrado. Ainda não há informação sobre valores. Este é o segundo TAC proposto para o consórcio de Viracopos.

Em novembro de 2012, as construtoras Constran e Triunfo - que formam o consórcio responsável pelas obras de Viracopos - assinaram um TAC com o órgão trabalhista, no qual se comprometeram a adequar a área de vivência do canteiro de obras. Segundo o MPT, as empresas cumpriram o acordo ao aumentar o número de banheiros disponíveis e melhorar o refeitório dos operários.


Obras
Atualmente, 3,7 mil funcionários trabalham nas obras de ampliação de Viracopos. Após a morte do operário, duas áreas do canteiro de obras ainda têm interdições para escavação - entre elas na área onde ocorreu o acidente - e trabalho em altura, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A área onde ocorreu o soterramento irá abrigar o novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Viracopos, que terá capacidade para receber 14 milhões de pessoas por ano. A previsão é que as obras sejam concluídas em maio de 2014.
Em nota, o Consórcio Construtor Viracopos informou que terá representantes na reunião com os procuradores do MPT nesta segunda-feira.
Morte
O operário Cleiton Nascimento Santos, de 25 anos, foi soterrado em 22 de março e não resistiu. No momento do acidente, ele fazia acertos no talude, um plano inclinado que ia até o local mais profundo da escavação, quando a terra desabou. O terreno estava molhado, em decorrências das chuvas, e havia a atividade de retroescavadeiras no entorno da escavação.
Fonte: G1.com


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