terça-feira, 18 de setembro de 2012

Viracopos deve ter segunda pista em 2017

A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos planeja antecipar de 2023 para 2017 a conclusão da segunda pista do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A obra é estimada inicialmente em R$ 500 milhões e vai permitir ao aeroporto no interior paulista se tornar, de acordo com a empresa, o primeiro da América Latina com operações simultâneas de pouso e decolagem. O principal objetivo é atrair mais companhias aéreas para Viracopos e torná-lo opção para conexão com outros países sul-americanos. Hoje, este papel é desempenhado principalmente por Cumbica, em Guarulhos.


O projeto é parte do plano de investimentos para o período de 30 anos de concessão, anunciado pela empresa nesta segunda-feira. Pelo novo cronograma, a capacidade de atendimento deverá saltar dos atuais pouco mais de 7,5 milhões de passageiros ao ano para 80 milhões de passageiros anuais, mediante investimentos de R$ 8,4 bilhões. O projeto de expansão, porém, será dividido em cinco etapas.
Primeira etapa
O primeiro ciclo vai até 2014 e inclui a construção de um novo terminal para 14 milhões de passageiros por ano, além de estruturas auxiliares e complementares, ao custo de R$ 1,4 bilhão. Ele terá 28 pontes de embarque e um edifício-garagem para quatro mil vagas, com serviços como locadoras de automóveis, restaurantes e salas para os órgãos públicos que atuem no aeroporto. No projeto do anexo consta ainda a preparação para uma futura expansão vertical com escritórios comerciais e hoteis.
Segundo João Eduardo Cerdeira de Santana, presidente do Conselho de Administração da concessionária, algumas redes hoteleiras já manifestaram interesse em participar do investimento, não só na demanda que será gerada pelo aeroporto, mas também pela falta de leitos em Campinas e região.
O projeto do novo terminal prevê a construção de 30 mil metros quadrados de área, onde funcionarão lojas, restaurantes, estandes de companhias aéreas, áreas de check-in, de checagem de passaporte, posto da Receita Federal e retirada de bagagem. A essa estrutura estará ligada outra que avançará sobre o pátio, em forma de F, onde estarão portões de embarque. Parte das obras, como a terraplanagem, começou no final de agosto e deve acabar em outubro, abrindo espaço para trabalhos de fundação.
Boa parte do dinheiro para a viabilização da primeira etapa de expansão do aeroporto virá do BNDES. Segundo Santana, a concessionária já entrou com pedido de financiamento de pouco menos de R$ 1 bilhão de reais. Os cerca de R$ 400 milhões restantes virão dos sócios do negócio. A concessionária tem como acionistas Triunfo Investimentos, UTC Participações e Egis Airport Operation, além da Infraero.
Por iG

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