segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Viracopos depende da macrozona


O atraso na aprovação dos Planos Locais de Gestão (PLGs) das macrozonas pode colocar em risco as operações da ampliação prevista para o Aeroporto Internacional de Viracopos. Sem as alterações de zoneamento, os aviões não poderão decolar ou aterrisar. Campinas terá que correr para ver aprovada a Macrozona 7, que envolve o aeródromo e seu entorno. Se por um lado a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) possui a licença prévia para dar início às obras de ampliação do aeroporto, por outro, por mais que conclua a futura pista prevista para ocupar o espaço onde hoje está localizado o bairro Jardim Nova Itaguaçu, a nova área não poderá ser utilizada pelas aeronaves.
Para obter a Licença de Operação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a mesma que concedeu a licença prévia para o prosseguimento com as obras de ampliação, uma série de modificações de zoneamento naquela área terá que ser feita. O clima de incerteza política com o troca-troca de prefeitos assombra o avanço de projetos como o das PLGs. O prefeito Demétrio Vilagra (PT), na sexta-feira, após reassumir o cargo, disse que a Macrozona 7 é “prioridade”.
O especialista em infraestrutura aeroportuária e ex-superintendente de Viracopos, Mozart Mascarenhas Alemão, afirma que essa incerteza atrapalha na definição do zoneamento ao redor do aeroporto e no avanço da expansão. “O importante é que a Prefeitura participe do processo. Essa incerteza política, como está hoje, prejudica sem dúvida alguma”, disse.
Segundo ele, outra grande inquietação que absorve a atenção de projetos aeroviários nos tempos atuais, como o de Viracopos, é a questão ambiental. “É a grande preocupação que há. As curvas de ruído gerados no prolongamento das cabeceiras estão entre elas. O ideal é evitar uma ocupação como a que ocorreu em Congonhas, mas tudo isso foi previsto no Plano Diretor de 2006. É preciso ter um zoneamento adequado para respeitar os gabaritos emitidos”, contou.
Para o cientista político e professor da Universidade Estadual de Campinas, Roberto Romano, a falta de continuidade administrativa e de planejamento devido à ausência de uma definição política é prejudicial para o avanço de investimentos na cidade. “Um projeto como o da expansão de Viracopos, com essa envergadura, depende de uma continuidade. Essas marolas da vida política prejudicam porque a cidade tem que viver o dia a dia e não consegue realizar um planejamento a longo prazo”, disse Romano.
Por Paulínia News

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