A Azul Linhas Aéreas vai triplicar o tamanho de sua frota. Até 2015, a empresa deve adquirir mais 36 aeronaves. Hoje, a companhia possui 41 aeronaves e deve chegar a 2014 com 84 unidades, entre a frota atual e os aparelhos que devem chegar à companhia nos próximos três anos: 13 jatos Embraer 195 e 30 turboélices franceses ATR 72-600.
A empresa deve desembolsar cerca de US$ 30 milhões, em média, por aparelho, com ajuda de financiamentos - o investimento total para ampliar a frota é estimado em US$ 2,4 bilhões.
De acordo com Gianfranco Beting, diretor de Comunicação e Marca da Azul, a companhia ainda não definiu a configuração dos aparelhos que devem ser negociados em breve.
A Azul foi a primeira empresa na América Latina, e a segunda no mundo, a adotar o turboélice ATR 72-600, com capacidade para até 74 passageiros. A primeira unidade já está no país e começa a voar em novembro. Outras duas aeronaves do mesmo modelo passam a integrar a frota até dezembro deste ano.
Focada em aviação regional, a Azul atua em 41 destinos e 65 rotas no país. Esse número deve crescer até o fim do ano, diz Beting. "Teremos mais alguns destinos, entre eles Caxias do Sul (RS) e Paulo Afonso (BA)."
Com o aumento do número de aeronaves e a maior oferta de destinos, a Azul espera uma considerável alta no número de passageiros transportados. O gráfico ascendente da companhia mostra evolução rápida no volume de clientes que optaram pela empresa.
A Azul fechará o ano com 15 milhões de passageiros transportados desde que iniciou suas operações em 2008. Beting não quis definir uma meta para 2012, mas prevê um ritmo de crescimento ainda maior do que o registrado nos primeiros anos de operação.
Atualmente, os aviões da companhia operam cerca de 14 horas por dia, a maior média de rotatividade diária do modelo Embraer E-195 no mundo. Hoje, o jato responde por metade da frota da Azul. "Esse desempenho nos proporciona qualidade operacional e aumenta a rentabilidade", diz Beting.
Participação de mercado
A Azul é a terceira empresa no ranking de participação no mercado nacional, com cerca de 10%, atrás da Tam e Gol, que dominam mais da metade do segmento de aviação no país.
Beting garante que o principal objetivo da empresa não é brigar por uma fatia maior de mercado, mas afirmou que o desempenho alcançado é reflexo de muito esforço da companhia.
"Este número não pode balizar o negócio, afinal, uma ação do concorrente pode mudar todo o cenário". Se uma das líderes de mercado coloca em operação uma aeronave, por exemplo, poderá haver mudanças no ranking, explica Beting. "Essa modificação na participação de mercado não significa que nosso negócio vai mal".
Apesar das dificuldades de infraestrutura nos aeroportos do país, a Azul tem motivos de sobra para estar otimista. Viracopos, o hub da companhia (aeroporto usado como ponto de conexão para transferir seus passageiros ao destino final), em Campinas (SP), será ampliado e deve se tornar o segundo maior aeroporto internacional do país. O cronograma de obras ainda não está definido.
A Azul ainda não tem planos de operar rotas para o exterior. "A prioridade da Azul é se consolidar no mercado nacional, mas os destinos internacionais podem fazer parte dos nossos planos mais adiante. Isso vai acontecer naturalmente", disse o executivo, sem estabelecer um prazo.
Por Brasil Econômico
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