O Grupo DI GREGORIO Investe em Carga Aérea
A divisão aérea do Grup Di Gregorio, uma das maiores empresas tramportadoras do país com atuação na área Intermodal, foi criada em outubro de 1990. Támbem optou pelo Boeing 727 para executar os primeiros serviços entre São Paulo GRU e o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Trouxe uma aeronave da série 44C, que operou inicialmente com o registro americano N750UA, depois como PT-TDG e mais tarde, ainda, como PT-MDG.
A DIGEX tinha planos ambiciosos, que incluíam a vinda de mais quatro Boeing 727 até 1994, sendo que um deles, da série -200, seria entregue em 1992. Os aviões acabaram não vindo, mas a DIGEX soube aproveitar muito bem seu único 727. O avião saía diariamente de Guarulhos para Manaus e, chegando lá, fazia mais dois vôos de bate-e-volta para Porto Velho. Para evitar atrasos ocasionados por problemas de manutenção, a aeronave contava com uma pequena oficina no porão dianteiro e um mecânico acompanhava todas as viagens (os boletins eram cumpridos nas escalas e per noites). O staff técnico se alternava entre um grupo de cinco comandantes , cinco co-pilotos e cinco engenheiros de vôo, a maioria proveniente da Transbrasil. A DIGEX era a única empresa cargueira que cumpria totalmente a regulamentação, tinha escala rígida de tripulantes e estava sempre em dia com a manutenção. Uma novidade lançada na época pela DIGEX foi a utilização de casacos de couro pelos tripulantes técnicos, prática que era adotada por companhias norte-americanas tradicionais no transporte de carga aérea. O call sing da aeronave também ficou bastante conhecido na época. No rádio, o vôo chamava os órgãos de controle de tráfego aéreo como "Canibal", uma nomenclatura criada pelos idealizadores da companhia lembrando que a manutenção daquele Boeing 727 era realizada graças a peças provenientes de outras aeronaves "canibalizadas" nos Estados Unidos.
Além dos vôos regulares para Manaus e Porto Velho, a DIGEX também cumpriu algumas jornadas para Cuiabá, atendendo á solicitação dos Correios no caso de uma falha de aeronaves já contratadas para o serviço. Finalmente em 1995, a DIGEX incorporou o segundo avião, um quadrirreator McDonnel Douglas DC-8-62F, que veio reforçar a participação da companhia na rota Guarulhos/Manaus. A aeronave, ex-OB-1323 da Aeroperu, recebeu a matrícula PP-DGP, mas não teve a pintura completa da DIGEX inserida na fuselagem e na deriva. Ficou apenas com o nome da DIGEX e a bandeira da empresa. A companhia também chegou a operar por muito pouco tempo um DC-8-62H, de matrícula PT-MDF, antes de suspender suas atividades em 1997.Fonte: Revista Flap Internacional - Ano 43 - n°405
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